sábado, 22 de janeiro de 2022

Vacina obrigatória – reação dos bolsonaristas

Charge de 1904
Imagem: plural.jor.br (19/01/2022)

O Governo do Rio Grande do Norte irá exigir o comprovante de vacinação de todos seus os servidores. Os poucos funcionários contrários a deliberação já começam a se manifestar nas redes sociais. É possível imaginar um manifesto dos cidadãos contrários a medida:

"O que está se passando é a demonstração frequente do estado de demência a que chegou o governo. Não há mais como desviar da pessoa da chefe do executivo a responsabilidade pela violenta imposição da vacinação dos servidores através de um absurdo decreto. 


Os trabalhadores contrários a vacina entendem que o processo de imunização não pode assumir um caráter de programa de governo. Os funcionários críticos as medidas julgam que a injeção de uma substância não pode se tornar algo do interesse público. 


Existem servidores que acham que se trata uma medida teratológica e estão protestando contra a obrigatoriedade da vacina em nome do direito e da liberdade". 


Entretanto, é necessário registrar considerações sobre a manifestação apresentada. Apesar de parecem bem atuais e alinhadas ao discurso do presidente Bolsonaro, são trechos adaptados de uma matéria do jornal carioca Correio da Manhã de novembro de 1904.  Na ocasião, a publicação repercutiu fatos relacionados a Revolta da Vacina e deu voz a grupos contrários ao projeto de imunização idealizado por Oswaldo Cruz.


Desavisados poderão achar que se tratam de tweets de uma badalada médica potiguar, falas de deputados bolsonaristas que usam patentes militares nos nomes ou a análise de um jornalista negacionista durante seu programa de rádio de Natal das 18 horas. 


Enfim, “patriotas” influenciados pelo presidente da república, que faz antipropaganda dos imunizantes mas coloca o cartão de vacina sob sigilo, não percebem que estão repetindo o mesmo discurso fracassado do início do século 20. 

Natal Aquacenter


Viralizou nas redes sociais imagens aéreas do Manoa Park em estado de ruínas. Nos últimos tempos, o negócio já vinha enfrentando um processo de decadência em virtude das dificuldades financeiras. Até que em 2020 fechou as portas em definitivo.


Entretanto, o Rio Grande do Norte já assistiu à extinção de outro parque aquático. Localizado as margens da Rota do Sol, próximo a praia de Cotovelo, o
Natal Aquacenter encerrou suas atividades no início dos anos 2000.


O empreendimento foi lançado na televisão, rádio e jornal em 1991 com a previsão de ser um grande complexo turístico. Além das muitas atrações aquáticas, o projeto contemplava hotéis, bares, restaurantes, áreas verdes e equipamentos esportivos. A promessa era ser um concorrente do Beach Park de Fortaleza.


O Natal Aquacenter foi inaugurado entre 1992 e 1993. Ao contrário do que foi divulgado na mídia, o parque foi aberto com algumas piscinas, 05 toboáguas e um único restaurante, ou seja, muito abaixo das atrações prometidas.


A justificativa é que se tratava de uma entrega parcial e que, no decorrer do tempo, as outras instalações seriam providenciadas. Passados alguns anos, o Natal Aquacenter nunca engrenou e basicamente continuou com a mesma configuração até o seu encerramento.


Ao longo dos anos, a estrutura foi removida da área e o terreno foi aterrado. Uma pequena parte do espaço foi utilizada pela construtora Cyrela como canteiro de obras do condomínio In Mare Bali. Quem passa pelo local não consegue mais identificar nenhum sinal que naquele ambiente funcionou o Natal Aquacenter.


Letra do jingle de 1991:


"É o sol que brilha

Pra você e sua família

Muita diversão

Super tobogãs aquáticos

Churrasqueira, natureza

Tudo lindo e fantástico

Natal Aquacenter!"