Foto: Do autor (08/10/2014) |
A
corrupção na política é sempre um item recorrente em pesquisas de opinião em que sejam abordadoa os problemas existentes no
Brasil. Corrupção dos políticos, evidentemente. Um grande
contingente da sociedade não considera como corrupção uma série
de irregularidades que são diariamente praticadas por qualquer
pessoa. Ninguém ousa chamar de corrupto alguém que comete pelo
menos um dos atos a seguir.
Falsificar
carteira de estudante, contratar TV por assinatura pirata, prestar
informações falsas ao fisco, comprar produtos falsificados, fraudar
o ponto eletrônico, adquirir atestado médico fictício, pagar
propina a agentes públicos e outras pequenas e médias infrações
diárias.
O
pensamento, até certo ponto comum, é que a corrupção na política
provoca sérios prejuízos ao erário e os “pequenos” escorregões
pessoais não prejudicam ninguém. É normal surgirem opiniões que
tentam inviabilizar a comparação entre “pequenos” delitos e os
vultuosos desvios de recursos públicos.
Por outro
lado, é importante lembrar que cada corrupto faz o que está ao seu
alcance. É tudo uma questão de oportunidade, caráter e impunidade. Qual a garantia que o ser humano que gratifica irregularmente um
guarda de trânsito por 50 reais não agirá de forma desonesta
quando tiver a chance de desviar dinheiro público?
Cabe uma reflexão.