quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Álvaro Dias desmente Carlos Eduardo

Álvaro Dias e Carlos Eduardo
Foto: robsonpiresxerife.com (14/11/2018)

Nas vésperas da realização do segundo turno das eleições, durante o debate da InterTV Cabugi entre os postulantes ao cargo de governador, Fátima Bezerra abordou o seu adversário e ex-prefeito Carlos Eduardo sobre a situação da orla marítima de Natal. A candidata criticou o fato do oponente ter sido prefeito da cidade por 12 anos e não sido capaz de "cuidar" e estruturar o litoral.
  
Em sua resposta, o ex-prefeito minimizou as críticas e citou que houve na sua gestão a urbanização das praias de Ponta Negra, Artistas, Meio e Forte.
  
Eleito vice-prefeito na corrida eleitoral de 2016, o atual prefeito de Natal, Álvaro Dias, assumiu o posto após a decisão de Carlos Eduardo de renunciar ao cargo para disputar a eleição de governador do estado. Até então, o novo gestor sempre teceu elogios a administração do seu antecessor. Não se tinha conhecimento de qualquer discordância públicas entre os políticos.
  
No entanto, durante entrevista ao programa 96 Minutos da Rádio 96 FM no dia 13/11/2018, ao ser questionado sobre da orla da cidade, especificamente nas praias citadas por Carlos Eduardo no debate eleitoral, o prefeito Álvaro Dias ignorou a suposta urbanização e fez duras críticas a situação atual da localidade. Em seu diagnóstico, citou a sujeira, prostituição e tráfico de drogas como alguns dos problemas encontrados. Além de classificar deprimente, o atual mandatário ainda elegeu a orla como a "mais feia do Nordeste".
  
No mesmo programa, o gestor anunciou uma série de medidas que buscarão reverter o quadro negativo da região e que, inevitavelmente, se configuraram como uma crítica direta ao seu, ainda, aliado Carlos Eduardo.

Episódios assim ilustram perfeitamente a frase "os aliados de hoje são os inimigos de amanhã".

Segue abaixo o vídeo com os fatos citados:


A greve geral, Felipe Maia e os ditados populares

Imagem: blogdocobra.com (12/11/2018)


No dia 28/04/2017, houve no Brasil uma greve geral que mobilizou milhares de pessoas em pelo menos 150 municípios. A manifestação tinha como bandeira a oposição as reformas trabalhista e previdenciária.

Pessoas contrárias ao protesto tentaram desqualificar a ação nas redes sociais. Dentre os críticos, estava o deputado federal Felipe Maia que, em sua conta no Twitter, afirmou que "a greve promovida pelas centrais sindicais não contou com a adesão popular e em algumas localidades foi um completo fiasco".

Logo após o protesto, o professor universitário Flaubert Torquato, respondeu o deputado postando uma fotografia da manifestação em Pau dos Ferros. O professor também fez uma provocação ao político indagando que a população da cidade estaria o aguardando no ano seguinte.

Felipe Maia ainda replicou a provocação confirmando a sua presença na cidade ao lado do prefeito "campeão de votos" Leonardo Rego com o objetivo de "prestar contas" do seu trabalho na região.

Era evidente que o professor e deputado faziam referência a eleição de 2018. Passados os meses e chegando ao período eleitoral, por acomodações políticas, Felipe Maia não se lançou candidato à reeleição e cedeu a vaga e toda estrutura política na coligação para o seu pai e correligionário José Agripino Maia, atual senador da república.

A candidatura do senador contava com forte estrutura e apoio político, inclusive do prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rego.  Diante de toda força eleitoral, analistas políticos previam um grande êxito de José Agripino, com expectativa de superar facilmente os números atingidos por Felipe Maia em 2014.

Abertas as urnas, com uma votação bem abaixo do previsto, José Agripino causou surpresa ao não se eleger deputado.  Na cidade de Pau dos Ferros, dita como a terra do prefeito “campeão de votos”, o senador obteve apenas um pouco mais de 1/3 dos votos registrados por Felipe Maia em 2014. Os mesmos analistas que previam uma grande vitória poderiam facilmente parafrasear o deputado no episódio da greve geral e classificar o resultado como um "completo fiasco”.

Ditados populares são corriqueiramente utilizados em qualquer assunto ou cenário do cotidiano, desde religião, saúde e política. “Em boca fechada não entra mosca”, “pela boca morre o peixe” e “a língua é o chicote do rabo” são ditados comuns utilizados no dia a dia que servem ilustrar  as afirmações de Felipe Maia durante o período da greve geral.