Ministros fieis a Jair Bolsonaro Foto: blogdobarreto.com.br |
O ano era 2009 e
Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente do Brasil no final do seu segundo
mandato. Naquela altura, a economia do país apresentava bons indicadores e o
chefe do executivo federal acumulava recordes de popularidade nas pesquisas de
opinião.
Diante do
cenário favorável, no mesmo ano, surgiu um movimento na Câmara dos Deputados
que passou a defender a possibilidade de Lula disputar um terceiro
mandato. A mobilização chegou a acolher
a quantidade necessária de assinaturas para propor uma PEC. A medida não
prosperou, já que Lula e o PT rechaçaram a hipótese.
Onze anos depois,
é possível consultar o nome dos deputados que chancelaram a PEC 0367/2009. O
curioso é que, em pleno 2020, estão na lista os nomes dos atuais ministros
bolsonaristas Fábio Faria e Rogério Marinho. Parece algo inacreditável, mas os
fatos históricos ao longo dos anos comprovam que o episódio se trata de mais um
caso de conveniência ou sobrevivência política.
Antes de serem
convertidos ao bolsonarismo servil, os ministros potiguares acumularam uma
série de fatos que estão em desacordo com os pensamentos de Jair Bolsonaro e de
toda sua gama de apoiadores.
Bem antes de ser
ministro, na campanha eleitoral de 2014, Fábio Faria não cansou de exaltar os
nomes de Dilma, Lula e do PT. Já Rogério Marinho, nasceu politicamente no
Partido Socialista Brasileiro e, quando vereador de Natal, chegou até
homenagear Miguel Arraes, um dos ícones da esquerda brasileira.
Atualmente,
ambos os ministros possuem uma forte rede de influência na mídia potiguar. Seus
emissários ocultos, sem nenhum respaldo popular, não cansam de espalhar a
informação que a dupla formará uma chapa no Rio Grande do Norte nas eleições de
2022 com o apoio do Governo Federal.
O caso da PEC não
causa nenhum impacto nas imagens dos neo-bolsonaristas. Acontece que o próprio
Jair Bolsonaro também assinou a proposta do terceiro mandato em 2009. Contudo,
na mesma época, o atual presidente retirou a assinatura alegando que não leu a
proposição. Rogério Marinho e Fábio Faria também retiraram suas assinaturas,
mas nunca se pronunciaram publicamente sobre o episódio.
Confira a
relação dos deputados envolvidos na PEC 0367/2009
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