quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A greve geral, Felipe Maia e os ditados populares

Imagem: blogdocobra.com (12/11/2018)


No dia 28/04/2017, houve no Brasil uma greve geral que mobilizou milhares de pessoas em pelo menos 150 municípios. A manifestação tinha como bandeira a oposição as reformas trabalhista e previdenciária.

Pessoas contrárias ao protesto tentaram desqualificar a ação nas redes sociais. Dentre os críticos, estava o deputado federal Felipe Maia que, em sua conta no Twitter, afirmou que "a greve promovida pelas centrais sindicais não contou com a adesão popular e em algumas localidades foi um completo fiasco".

Logo após o protesto, o professor universitário Flaubert Torquato, respondeu o deputado postando uma fotografia da manifestação em Pau dos Ferros. O professor também fez uma provocação ao político indagando que a população da cidade estaria o aguardando no ano seguinte.

Felipe Maia ainda replicou a provocação confirmando a sua presença na cidade ao lado do prefeito "campeão de votos" Leonardo Rego com o objetivo de "prestar contas" do seu trabalho na região.

Era evidente que o professor e deputado faziam referência a eleição de 2018. Passados os meses e chegando ao período eleitoral, por acomodações políticas, Felipe Maia não se lançou candidato à reeleição e cedeu a vaga e toda estrutura política na coligação para o seu pai e correligionário José Agripino Maia, atual senador da república.

A candidatura do senador contava com forte estrutura e apoio político, inclusive do prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rego.  Diante de toda força eleitoral, analistas políticos previam um grande êxito de José Agripino, com expectativa de superar facilmente os números atingidos por Felipe Maia em 2014.

Abertas as urnas, com uma votação bem abaixo do previsto, José Agripino causou surpresa ao não se eleger deputado.  Na cidade de Pau dos Ferros, dita como a terra do prefeito “campeão de votos”, o senador obteve apenas um pouco mais de 1/3 dos votos registrados por Felipe Maia em 2014. Os mesmos analistas que previam uma grande vitória poderiam facilmente parafrasear o deputado no episódio da greve geral e classificar o resultado como um "completo fiasco”.

Ditados populares são corriqueiramente utilizados em qualquer assunto ou cenário do cotidiano, desde religião, saúde e política. “Em boca fechada não entra mosca”, “pela boca morre o peixe” e “a língua é o chicote do rabo” são ditados comuns utilizados no dia a dia que servem ilustrar  as afirmações de Felipe Maia durante o período da greve geral.






Nenhum comentário:

Postar um comentário