Imagem: blogdocobra.com (12/11/2018) |
No dia 28/04/2017, houve no
Brasil uma greve geral que mobilizou milhares de pessoas em pelo menos 150
municípios. A manifestação tinha como bandeira a oposição as reformas
trabalhista e previdenciária.
Pessoas contrárias ao protesto
tentaram desqualificar a ação nas redes sociais. Dentre os críticos, estava o
deputado federal Felipe Maia que, em sua conta no Twitter, afirmou que "a
greve promovida pelas centrais sindicais não contou com a adesão popular e em
algumas localidades foi um completo fiasco".
Logo após o protesto, o
professor universitário Flaubert Torquato, respondeu o deputado postando uma
fotografia da manifestação em Pau dos Ferros. O professor também fez uma
provocação ao político indagando que a população da cidade estaria o aguardando
no ano seguinte.
Felipe Maia ainda replicou a
provocação confirmando a sua presença na cidade ao lado do prefeito
"campeão de votos" Leonardo Rego com o objetivo de "prestar
contas" do seu trabalho na região.
Era evidente que o professor e
deputado faziam referência a eleição de 2018. Passados os meses e chegando ao
período eleitoral, por acomodações políticas, Felipe Maia não se lançou
candidato à reeleição e cedeu a vaga e toda estrutura política na coligação
para o seu pai e correligionário José Agripino Maia, atual senador da
república.
A candidatura do senador contava
com forte estrutura e apoio político, inclusive do prefeito de Pau dos Ferros,
Leonardo Rego. Diante de toda força eleitoral,
analistas políticos previam um grande êxito de José Agripino, com expectativa
de superar facilmente os números atingidos por Felipe Maia em 2014.
Abertas as urnas, com uma
votação bem abaixo do previsto, José Agripino causou surpresa ao não se
eleger deputado. Na cidade de Pau dos Ferros,
dita como a terra do prefeito “campeão de votos”, o senador obteve apenas um
pouco mais de 1/3 dos votos registrados por Felipe Maia em 2014. Os mesmos
analistas que previam uma grande vitória poderiam facilmente parafrasear o deputado
no episódio da greve geral e classificar o resultado como um "completo
fiasco”.
Ditados populares são
corriqueiramente utilizados em qualquer assunto ou cenário do cotidiano, desde
religião, saúde e política. “Em boca fechada não entra mosca”, “pela boca morre
o peixe” e “a língua é o chicote do rabo” são ditados comuns utilizados no dia
a dia que servem ilustrar as afirmações de Felipe Maia durante o período
da greve geral.
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