Lavoisier, Tarcísio e José Agripino em 1982. Imagem: http://blogcarlossantos.com.br (15/10/2018) |
O deputado federal, Felipe Maia (DEM-RN), declarou no twitter que apoiará o candidato Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.
A declaração de voto não gerou nenhuma surpresa no meio político, e se for analisado do ponto de vista histórico, a preferência do deputado do partido Democratas é um posicionamento coerente, visto que, sua família tem relações diretas com a Ditadura Militar (1964 a 1985).
É de conhecimento público que, o candidato a presidência Jair Bolsonaro nunca escondeu sua simpatia pelo regime ditarial, exaltando inclusive, torturadores como o coronel Brilhante Ustra. Dentre as características do regime, se notabilizou a ausência de eleições diretas para prefeito, governador e presidente da república.
Justamente durante o período da ditadura, a família de Felipe Maia foi amplamente favorecida pelos militares que comandavam o Brasil. Em pleno regime de exceção, o avô, o pai e o primo foram contemplados com mandatos no poder executivo sem um único voto popular.
Tarcísio Maia (avô) foi governador de 1975 a 1979, sucedido pelo primo Lavoisier Maia de 1979 a 1983 e seu pai, o atual senador José Agripino Maia, foi "presenteado" com a gestão da prefeitura de Natal de 1979 a 1982.
Nada mais coerente que, décadas depois, o deputado Felipe Maia se posicione a favor de um candidato que defende um regime que projetou politicamente sua família.
Imagem: twitter.com (15/10/2018) |
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